Hoje trazemos a continuação da análise do artigo: “The Cenozoic vegetation of the Iberian Peninsula: A synthesis” ficou prometido à muito tempo, mas cá vamos nós falar em especial da Vegetação.
Durante o Eocénico Inferior até ao início do Oligocénico, as temperaturas continuaram a diminuir, culminando na transição Eocénico – Oligocénico e do seu longo período de glaciação. Esta glaciação coincidiu com o aparecimento da calote de gelo da Antartica. Na transição Eocénico – Oligocénico ocorreram mudanças climáticas na Península Ibérica, estas alterações ficaram marcadas pelo desaparecimento de 32 espécies Paleotropicais.
No período Priaboniano na Bacia Ebro foram detetadas árvores de ambientes abertos e secos como a Acácia, Albizia etc. Estes indícios demonstram que no final do Eocénico ocorreu uma mudança climática na P.I.
Na Bacia do Mondego, há evidências - madeiras fósseis da familia das cupressaceae, juntamente com restos de plantas leguminosas, e pólen de pinus - que indicam a existência de formações vegetais adaptadas a climas secos.
Com base em registos fosseis podemos afirmar que no Oligocénico a Bacia do Ebro, durante o Rupeliano, foi o local de uma flora subtropical, bem adaptada a períodos de seca sazonal.
Lauraceae, Myricaceae e Ficus foram espécies generalizadas, mas com ligação a áreas onde a água do solo era suficiente e onde encontravam uma topografia favorável.
Aquando da transição Rupeliano-Chattiano revela-se a existência de árvores Paleotropicais, para o noroeste da Península, revelando assim uma abundância de pinaceae, cycadaceae, etc.
A flora do Miocénico Inferior na Península Ibérica demonstrou algumas semelhanças com a flora do Oligocénico. A partir do Oligocénico, comunidades de plantas leguminosas começaram a dominar a paisagem de muitas regiões ibéricas.
A evolução da vegetação na Ibéria tem muito que e lhe diga. Não percam o próximo post pois vamos continuar a falar da Vegetação em especial das florestas de Loureiro e da vegetação Arctotertiary.
Susana Santos,
Abraços Zoelas.